8 maneiras para deixar de se preocupar com o que os outros pensam sobre você

Sentir-se aceito é um desejo humano quase universal. Afinal, evoluímos para sobreviver melhor em grupos, onde o ajuste, a confiança e o respeito dos nossos companheiros são os critérios que usamos para medir o nosso sucesso.

No entanto, muitas vezes essa necessidade acaba ocupando um lugar central em nossas vidas, e o que os outros pensam sobre nós começa a exercer uma influência muito grande sobre o que pensamos de nós mesmos.

A necessidade de pertencimento está em nosso DNA. Podemos analisar cada palavra ou olhar atribuído a nós como prova de que estamos sendo julgados pelos demais, por isso nos preocupamos se estamos sendo aceitos ou não.

Se alguém passa no corredor e não nos cumprimenta, podemos interpretar isso como uma prova de que não merecemos atenção, assim ficamos nervosos em busca da atenção alheia. Tentamos agradar a todos, colocamos os outros sempre em primeiro lugar, dessa forma continuamos perseguindo migalhas de atenção para sempre.

A maioria de nós esgota as próprias energias tentando ser legal, atraente ou até mesmo bem-sucedido, só para se sentir valorizado.

Mas o que há por trás dessa necessidade de atenção e por que alguns de nós são mais vulneráveis do que outros?

Em muitos casos, essa necessidade vem de algum momento marcante do nosso passado. Em algum momento aprendemos, através de alguma situação ou de alguém, que a afeição é algo condicional, portanto, devemos lutar para obtê-la e não a merecemos gratuitamente. A partir daí, um sentimento de vergonha se desenvolve em nossa consciência, nos sentimos frustrados por não conseguimos agradar todo mundo e, muitas vezes, nos envergonhamos por isso. Brene Brown escreve em seu livro Os presentes de imperfeição:

“O esforço saudável é auto-focado: A pessoa que tem um esforço saudável geralmente se pergunta: ‘Como posso melhorar?’ Já o Perfeccionismo é focado nos outros, então a pessoa geralmente se pergunta: O que os outros vão pensar de mim?

Talvez durante a sua infância você teve que lidar com pais ou cuidadores que eram emocionalmente distantes, que abusavam de você fisicamente ou verbalmente, ou até mesmo definiam padrões de comportamento impossíveis de serem seguidos.

Outra possibilidade é a de que você tenha sido intimidado na escola ou nunca tenha se sentido bom o suficiente com relação aos demais. Talvez você nem consiga achar uma explicação para isso, mas no fundo você tem um sentimento de insegurança, como se não fosse digno de atenção. Dessa forma, você provavelmente acabou projetando a sua segurança nos outros e ela depende deles para existir.

Com certeza, a maioria de nós deseja que os outros pensem coisas boas ao nosso respeito, e isso não é algo ruim. Além do mais, todos nós precisamos de um pouco de consciência sobre como os outros nos veem para que consigamos perceber a forma que o nosso comportamento está ou não afetando os outros.

Mas se preocupar demais com o que os outros pensam sobre você pode acabar com uma supervalorização da opinião alheia, assim você corre o risco de fazer apenas o que os outros querem que você faça em vez daquilo que realmente quer ou precisa. A ironia disso é que o que começa com uma busca pela felicidade e aceitação pode acabar gerando o extremo oposto.

Criando uma nova mentalidade

Se você se reconheceu ao longo deste texto, não se preocupe, existe um caminho que você pode trilhar para desenvolver um relacionamento mais saudável consigo mesmo e com as outras pessoas.

Mantenha as coisas em perspectiva:

Há um ditado que diz o seguinte: “As pessoas se preocupariam bem menos com o que os outros pensam sobre elas se soubessem o quão pouco os outros pensam nelas”. E isso é majoritariamente verdade, a maioria das pessoas já têm muito para se preocupar para perder tempo pensando na vida dos outros. Cada indivíduo tem as suas próprias inseguranças, então se você estiver preocupado com o que uma pessoa que você acabou de conhecer está pensando sobre você, saiba que ela provavelmente está fazendo o mesmo.

Questione os seus pensamentos:

Os seres humanos tendem a fazer distorções cognitivas, padrões de pensamento negativos que podem modificar o nosso humor e comportamento, podemos filtrar o que nos acontece e levar as coisas apenas para o lado negativo, dessa forma quase não vemos as coisas boas que acontecem em nossas vidas.

Também podemos tirar conclusões precipitadas ou acabar generalizando aspectos que na verdade são individuais, um exemplo disso é quando temos uma decepção amorosa e acabamos acreditando que o amor não existe ou que você nunca mais vai amar alguém na vida, o que não é verdade.

Por isso é importante que você preste atenção aos seus pensamentos, dessa forma irá evitar que falsas impressões mascarem a verdade. Você pode acabar descobrindo que aquilo que você tanto se preocupa, na verdade só existe dentro da sua cabeça.

Abandone o desejo de ser perfeito:

Pode ser difícil livrar-se da crença de que se você fizer as coisas do jeito certo as outras pessoas irão amá-lo e admirá-lo por isso. No entanto, é importante lembrar a si mesmo que a busca pela perfeição é uma busca infrutífera, não apenas porque a perfeição é uma ilusão, mas principalmente porque o que as pessoas pensam sobre você tem mais a ver com a maneira que elas pensam sobre elas mesmas.

Comece a conhecer mais a si mesmo:

Do que você realmente gosta? O que você realmente quer fazer da vida? As escolhas que você está tomando com relação à sua carreira, relacionamentos e os seus passatempos são baseados nas suas próprias escolhas ou no que os outros querem que você faça? Permita-se experimentar coisas novas e comece a se perguntar: O que eu faria se não tivesse medo de ser julgado pelos outros?

Encontre sua tribo:

Em algum lugar lá fora existem pessoas que podem se identificar com você e apreciá-lo por quem você é. Então não perca tempo tentando se agarrar àqueles que esperam que você se conforme com o que eles querem que você seja, cultive a sua autenticidade e você encontrará aqueles que você está destinado a encontrar.

Como Brown escreve em ousando muito: “Porque o verdadeiro sentimento de pertencimento só existe quando estamos sendo autênticos, ou seja, quando estamos sendo imperfeitos”. É importante lembrar que o nosso sentimento de pertencimento nunca é maior que o nosso nível de autoaceitação.

Permita-se ser vulnerável:

Pode ser terrível ir contra a maioria, assumir riscos ou enfrentar a desaprovação, mas se decida pelo que realmente é importante para você, confie em si mesmo e vá em busca dos seus objetivos. Afinal, nós só crescemos quando nos permitimos falhar algumas vezes.

Aceite uma mão amiga:

A ansiedade que você sente sobre o que os outros pensam muitas vezes pode ser superada com um pouco de autoconsciência. Mas em alguns casos, especialmente para aqueles com algum trauma subjacente ou questões de saúde mental mal resolvidas, a ajuda profissional poderá ajudá-lo a chegar à raiz dos seus sentimentos e superá-los. Permita-se receber o cuidado de que você precisa, não prolongue o seu sofrimento.

Seja seu próprio amigo:

É uma realidade dura, mas você não será capaz de fazer com que todos gostem de você, não importa o que você faça. Mas olhe pelo lado positivo: Ninguém consegue fazer isso. Portanto, aceite as ”pontadas” que inevitavelmente virão quando você perceber que não consegue se conectar com alguém.

Concentre-se nos objetivos que irão levá-lo mais próximo da pessoa que você quer se tornar – Gostando mais de si mesmo, aceitando as suas falhas bem como a dos outros – e seja feliz!

via; psiconlinews

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